A Quinta de Cima de Oliveira é uma propriedade constituída por uma casa senhorial com capela e por terrenos de cultivo, em Oliveira de Santa Maria, no concelho de Vila Nova de Famalicão. Na sua configuração atual, a casa terá sido construída em 1769, eventualmente por ampliação ou melhoramento de uma casa existente, sendo contemporânea…
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Casa Maria Miguel
Projeto de intervenção numa casa de dois pisos, construída no início do século passado, para onde foi inicialmente contratada a renovação da cozinha e de dois quartos de banho.
A construção preexistente caracteriza-se pelas paredes exteriores em granito, com estruturas de madeira no piso e na cobertura, com algumas paredes interiores em tabique e outras em alvenaria de tijolo cerâmico.
Globalmente, encontrava-se em razoável estado de conservação. Necessitava, para além da renovação dos compartimentos referidos, de uma revisão do telhado, da substituição das caixilharias exteriores e de pinturas interiores.
A solução proposta procurou manter a maioria dos materiais e infraestruturas de água, saneamento e eletricidade, esta última com tubagem e tomadas exteriores às paredes, de aplicação recente.
A cozinha foi integralmente refeita, tendo sido possível reforçar a sua relação com o pátio, através de um vão de grandes dimensões.
A evolução do projeto, já com a obra a decorrer, exigiu uma maior relação entre três espaços de reduzidas dimensões, situados no rés-do-chão. Através da abertura de dois arcos nas paredes que os ligavam, foi criada uma única sala tripartida; a forma e dimensão dos arcos surge da necessidade de não interferir em elementos estruturais e da impossibilidade de relacionar qualificadamente os alinhamentos das paredes e tetos dos diferentes compartimentos, devido à sua forma irregular.
Intervention project in a two-story house, built at the beginning of the last century, initially commissioned for the renovation of the kitchen and two bathrooms.
The pre-existing construction is characterized by granite exterior walls, wooden structures in the flooring and roof, with some interior walls in partition walls and others in ceramic brick masonry.
Overall, it was in a reasonable state of conservation. It only needed, in addition to the renovation of the mentioned rooms, a roof review, replacement of exterior frames, and interior painting.
The proposed solution aimed to retain most of the materials and water, sanitation, and electricity infrastructures, the latter with piping and outlets placed externally on the walls, recently installed.
The kitchen was completely redesigned, allowing for an enhanced connection to the courtyard through a large opening
The project’s evolution, already underway, demanded a closer relationship between three small-sized spaces on the ground floor. By opening two arches in the connecting walls, a single three-part room was created; the shape and size of the arches were determined by the need not to interfere with structural elements and the impossibility of accurately aligning the walls and ceilings of the different rooms due to their irregular shape.
Arquitectura | architect: Paulo Seco . Colaboração | colaboration: Filipe Lourenço; Agnieszka Drabik (internship) . Localização | location: Porto . Projeto | project: 2021 . Construção | construction: 2023 . Imagem | image: © Luísa Freixo
Latino Coelho
Reabilitação de uma habitação unifamiliar urbana, da autoria do arquiteto José Ferreira Peneda (1893 – 1940), construída em 1937 na rua de Latino Coelho.
Este edifício, de características pré-modernistas, mantém no seu interior as influências art déco e corresponde à paisagem arquitetónica do Porto nessa época.
O programa da habitação desenvolvia-se em quatro pisos, um deles a uma cota inferior em relação à rua, mas ao nível de um logradouro e de um pátio que envolvem o edifício em duas das fachadas (lateral e de tardoz); neste piso distribuíam-se a “loja”, um pequeno sanitário e o quarto da “creada”. No piso de entrada, ao nível da rua, situam-se duas garagens independentes e o acesso aos pisos superiores, genericamente com área a social e cozinha no primeiro andar e quartos no último.
O projeto contempla a transformação da habitação em três espaços autónomos, distribuídos pelos três pisos habitáveis, não havendo alterações espaciais relevantes, o que permitiu a manutenção da maioria dos materiais e revestimentos utilizados na intervenção inicial, mantendo assim as características da habitação familiar, sobrepondo naturalmente com novos elementos, necessários à renovação.
Arquitectura | architect: Paulo Seco . Colaboração | colaboration: Filipe Lourenço . Localização | location: Porto . Projecto | project: 2018 . Construção | construction: 2020 . image: © ITS Ivo Tavares Studio
ilha na rua dos burgaes II
A reabilitação da Ilha Amarela está praticamente concluída. A habitação de dois pisos que foi construída mais tarde, na década de 1940, foi a última a ser reabilitada.
É uma construção de qualidade superior às restantes, que se encontrava em condições de ser totalmente reabilitada, com grande parte dos seus elementos originais em bom estado de conservação: a estrutura do piso e da cobertura, a escada de madeira, as paredes interiores de tabique, as portas e portadas interiores, rodapés, guarnições e corrimões.
A estrutura espacial foi também, no essencial, mantida, tendo sido criado um sanitário com banho, que não existia.
O projeto completo poderá ser visto aqui.
Arquitectura | architect: Paulo Seco . Colaboração | colaboration: Filipe Lourenço | Rita Neves . Localização | location: Porto . Projecto | project: 2018 . Construção | construction: 2020 . Construtor | general contractor: Resultados Geniais – Obras e Restauros, Lda . Responsável técnico em obra | technical manager: Teresa Lopes . Imagem | image: © ITS Ivo Tavares Studio
apartamento rua da constituição
A reabilitação do património construído tem ganhado novos sentidos, sendo cada vez mais comuns as iniciativas de reabilitação de edifícios das décadas de 40, 50 e 60 do século XX, que correspondem a uma época de grande influência do Movimento Moderno em Portugal.
Dos edifícios construídos nessa época, há exemplos relevantes que testemunham o contributo de muitos arquitetos com projetos singulares para a cidade do Porto e para o país, que foram impulsionadores de novas formas de habitar e de entender as questões urbanas no contexto português.
A dupla de arquitetos Arménio Losa e Cassiano Barbosa é exemplo desse contributo das ideias modernistas para a realidade portuguesa. Consciente da importância da sua vasta obra, a Impare Arquitectura aceitou um segundo desafio, com os mesmos clientes, para desenvolver um outro projeto de remodelação de um apartamento localizado numa das obras de referência desta reconhecida equipa: o edifício de habitação coletiva da Rua da Constituição, projetado no início da década de 1950.
Trata-se de um apartamento com cerca de 70 m2 com uma tipologia que privilegia a flexibilidade da utilização dos espaços, em que a sala pode ser dividida em dois espaços, para dar lugar a um novo compartimento autónomo (outro quarto, ou escritório, por exemplo).
O apartamento encontrava-se, genericamente, em razoável estado de conservação, principalmente o pavimento em taco de madeira de pinho, as portas interiores, as guarnições e os rodapés, tudo ainda com desenho original. A cozinha e o quarto de banho já tinham sido remodelados com soluções pouco qualificadas, desatualizadas do ponto de vista funcional e bastantes mais degradadas que as soluções originais. Foi, assim, proposta a remodelação integral destes dois espaços e a manutenção, recuperando, do pavimento e das madeiras interiores.
A cozinha foi desenhada considerando as atuais necessidades de utilização, concentrando num dos lados, todos os equipamentos e eletrodomésticos necessários. O seu desenho foi baseado na interpretação, já experimentada no apartamento de Fernão de Magalhães, dos mesmos autores, remodelado recentemente pela Impare Arquitectura e que poderá ser visto aqui.
Neste contexto, a Impare Arquitectura, nos projetos que tem vindo a realizar, tem procurado respeitar e cuidar do que existe de mais relevante nos edifícios que lhe são dados reabilitar.
Arquitectura | architect: Paulo Seco ; colaboração | colaboration: Filipe Lourenço ; Cliente | Client: Margarida Santos e Ricardo Arez; Localização | location: Porto . Projecto | project: 2020; Imagem | image: © ITS Ivo Tavares Studio
apartamento rua das andresas
Arquitetura | architect: Paulo Seco ; Colaboração | colaboration: Filipe Lourenço ; Localização | location: Porto. Projeto | project: 2018 ; Construção | construction: 2018; Parceria | partnership: My Build In; Imagem | image: © ITS Ivo Tavares Studio
Reabilitação de um apartamento com cerca de 130 m2, inserido num edifício construído nos finais da década de 80 do século passado, na cidade do Porto. Intervenção que se caracteriza pela ligação da cozinha com a sala, pela remodelação dos sanitários e pela renovação dos revestimentos e das infraestruturas de abastecimento de água, de eletricidade e de aquecimento.
ilha na rua dos burgaes
Desde meados do século XVIII que há registos de ilhas na cidade do Porto, mas foi no século XIX, época de forte industrialização, que a necessidade de mão-de-obra provocou um grande fluxo de pessoas para a cidade.
Para dar resposta à falta de habitação, as chamadas ilhas multiplicaram-se no interior dos lotes estreitos e compridos, nas traseiras de prédios existentes à face das ruas. São construções informais de casas de reduzida dimensão (16m2 a 25m2) feitas com poucos recursos, que se replicam ao longo dos lotes, deixando livres corredores estreitos de acesso à rua, através de uma única porta do prédio.
Este fenómeno urbano, apesar da degradação de algumas das ilhas, tem mantido o seu caráter identitário e a sua forte expressão na cidade – existirão ainda cerca de 1000 ilhas na cidade do Porto.
A grande pressão imobiliária provocada pela procura de alojamento turístico, tem provocado um novo entendimento do uso dos espaços da cidade; à semelhança de muitos edifícios devolutos e degradados, as ilhas, onde muitas vezes se vive em condições precárias, têm sido procuradas pelas suas caraterísticas muito próprias, quase pitorescas. Esta condição, aliada à falta de legislação que evite o afastamento de moradores permanentes do centro da cidade, normalmente os que têm menos recursos, tem tido como resultado um novo tipo de ocupação da cidade; falta agora encontrar um equilíbrio entre a necessária recuperação do património construído e a vida dos que permanecem e que fazem e são quotidianamente a cidade.
A Impare Arquitectura, enquanto escritório empenhado na reabilitação do património construído, aceitou o desafio de recuperar uma ilha localizada na Rua dos Burgães, que se encontrava bastante degradada, praticamente devoluta e sem condições condignas de habitabilidade. Apesar disso, tinha uma característica muito particular, senão única: o conjunto das casas partilhava um pátio de dimensões generosas, ao contrário do comum corredor estreito de acesso à rua.
A ilha é composta originalmente por 10 casas – nove delas de um piso, sobreelevado – das quais existe registo, pelo menos desde 1892, na planta de Telles Ferreira, onde se pode ver a sua localização, com entrada, na época, pelos fundos de um terreno de gaveto, com frente para a Rua de Serpa Pinto, próximo da Capela da Ramada Alta.
Atualmente, a entrada faz-se pela Rua dos Burgães, tendo sido construída, na década de 1940, uma nova casa, de dois pisos, na ligação com o terreno primitivo; esta ilha não tem, por isso, nenhuma casa principal que a medeie na sua relação com a rua.
No início dos trabalhos, ainda na fase de levantamento e diagnóstico, encontrámos a maioria das casas em muito mau estado de conservação; depois de avaliadas as diferentes possibilidades de intervenção, optou-se por propor a renovação integral dos seus interiores, mantendo os princípios de organização espacial inicial, com sala, apoio de cozinha e sanitário no piso térreo e uma zona de dormir em mezanino, qualificando aquilo que inicialmente eram zonas de dormir fechadas. Nas duas casas que têm duas frentes – para o pátio e para a rua – foi possível criar mais uma área de dormir no piso térreo, tendo sido possível também, apesar das suas reduzidas dimensões, que uma das casas viesse a dar resposta às contingências da sua utilização por pessoas com mobilidade condicionada.
Na casa de dois pisos, a única que, genericamente, se encontra em condições de ser totalmente reabilitada, irão ser realizadas obras que procurarão manter, para além da organização espacial fundamental, o maior número e tipo de elementos que a caracterizam: estrutura e escada de madeira, paredes divisórias de tabique e todos as restantes componentes de madeira – portas, portadas interiores, roda-pés, guarnições, corrimãos.
É proposta também uma intervenção no pátio, que será mantido e limpo de pequenas construções espúrias que surgiram com o tempo e que será pavimentado com uma argamassa pigmentada; pontualmente serão criadas pequenas caldeiras para vegetação rasteira e aérea, que poderá, no futuro, vir a cobrir o pátio, criando sombra com suporte numa estrutura pergulada que se prevê construir.
Foram também propostos elementos maciços em pedra (ou eventualmente em betão, por questões orçamentais), que servirão como bancos e que delimitarão zonas de estar de uso comum, individualmente relacionadas com cada uma das casas.
A obra iniciou-se com trabalhos de intervenção global, tendo-se optado, no entanto, por concluir, numa primeira fase, apenas uma das casas, para se poder avaliar e adaptar soluções nas restantes; uma espécie de projeto em aberto, metodologicamente disponível para outros contributos e sugestões.
No escritório, devido ao pigmento escolhido para o pavimento e à tonalidade com que se pintaram rebocos, alvenarias de pedra e caixilharias, chamámos-lhe – à falta de um nome original, perdido com parte da sua história – Ilha Amarela.
Arquitectura | architect: Paulo Seco . Colaboração | colaboration: Filipe Lourenço . Localização | location: Porto . Projecto | project: 2018 . Construção | construction: 2019 . Coordenação de projeto | coordination: Cristiana Cabral . Construtor | general contractor: Resultados Geniais – Obras e Restauros, Lda . Responsável técnico em obra | technical manager: Teresa Lopes . Imagem | image: © ITS Ivo Tavares Studio
apartamento em fernão de magalhães
Reabilitação de um apartamento inserido num edifício da autoria dos arquitetos Arménio Losa e Cassiano Barbosa, de 1965.
O apartamento, que nunca foi usado como habitação, funcionou, desde o seu início, como escritório de uma outra dupla de arquitetos (Alcino Costa e Fonte Lopes) e mantinha quase intactas as características originais do projeto, quer em termos espaciais, onde não houve quaisquer alterações, quer nos acabamentos: pavimento em taco, portas, guarnições e rodapés, armários e revestimentos cerâmicos da cozinha e dos quartos de banho.
Espacialmente, a sua tipologia T3, separava a sala, os quartos e um quarto de banho, das áreas de serviço – cozinha com entrada autónoma, varanda, sanitário e despensa.
Para responder a hábitos contemporâneos de habitar, onde, genericamente, já não se demonstra necessária, a separação entre as áreas de serviço e a área social nos apartamentos, foi proposta a ligação entre o vestíbulo e uma pequena antecâmara da área de serviço, criando um espaço mais amplo na entrada.
Considerando também as atuais exigências de conforto e de privacidade, viu-se como qualificação evidente a ampliação da sala de uso comum, em detrimento de um dos quartos, tendo sido assim possível criar um armário e uma zona de trabalho na sala e armários roupeiros nos quartos.
A despensa, de dimensões exageradas para as atuais necessidades de arrumação e conservação de alimentos, foi também demolida, tornando possível a ampliação da cozinha.
Apesar das alterações espaciais e da renovação integral das infraestruturas elétricas, de aquecimento e de abastecimento de água, foi possível manter grande parte dos acabamentos existentes, considerados relevantes para a caraterização do desenho original do apartamento. Considerou-se essencial, a manutenção do pavimento em taco de madeira de pinho, que se encontrava globalmente em bom estado de conservação e que foi totalmente removido, tratado e posteriormente recolocado. Todas as restantes madeiras – portas, guarnições e rodapés – foram também integralmente recuperadas e mantidas:
– as portas, de desenho muito particular, com dois vidros (na suas partes inferior e superior da folha) quando localizadas nas áreas comuns ou de serviço e com um só vidro, em baixo, quando pertencentes aos compartimentos mais privados (quartos e sanitários);
– os rodapés de desenho expressivo pela sua dimensão, com 6cm de altura e 4 de largura.
Na cozinha, procurou-se manter a expressão dos revestimentos, que são muito semelhantes, na tonalidade e nas dimensões, aos existentes – azulejo de produção semi-industrial, de tonalidade verde água, com 11x11cm, nas paredes e ladrilho cerâmico, de cor cinza escuro, também de produção semi-industrial, com 20x20cm, no pavimento. O armário superior, sobre a única bancada existente foi integralmente replicado, adaptando as suas dimensões – mantendo as proporções, o número de elementos, cor e puxadores – às atuais relações ergonómicas.
Nos sanitários, as opções tomadas foram mais radicais, pela necessidade de substituição de todos os elementos e revestimentos, tendo sido criados espaços com expressão e organização diferentes dos existentes:
– o quarto de banho junto aos quartos foi integralmente revestido com mármore preto, foi instalada uma base de chuveiro em substituição da banheira existente e foi desenhado um armário para o lavatório, com arrumação interior;
– o quarto de banho, agora da zona social, que originalmente funcionava como sanitário de serviço, comum na época de construção do apartamento, foi também revestido com mármore preto nas paredes, tendo sido criada uma base de chuveiro, originalmente inexistente (o escoamento da água do banho era feita através de uma ralo no pavimento).
Na cozinha, foi proposta uma nova bancada – para onde se transferiu o lava-louças e se integrou a máquina de lavar – com armários superiores e laterais. A porta de acesso à varanda, abre para o exterior, permitindo o prolongamento do espaço da cozinha.
As opções de acabamento das madeiras – pintura das existentes e envernizamento das novas superfícies – tornaram possível uma separação clara dos novos elementos desenhados nesta intervenção: uma mesa fixa para criação de uma zona de trabalho, em frente a uma das janelas da sala e uma porta de correr de duas folhas em vidro translúcido de tonalidade cinza, com aro de madeira de nogueira, que permite diferentes leituras desde a entrada.
Arquitectura | architect: Paulo Seco ; colaboração | colaboration: Filipe Lourenço ; Cliente | Client: Margarida Santos e Ricardo Arez; Localização | location: Porto . Projecto | project: 2018 ; Imagem | image: © ITS Ivo Tavares Studio
casa rua de diu
Arquitetura | architect: Paulo Seco ; Colaboração | colaboration: Filipe Lourenço ; Localização | location: S. M. Infesta – Matosinhos. Projeto | project: 2017 ; Construção | construction: 2018 | Imagem | image: © ITS Ivo Tavares Studio
Reabilitação de um edifício de habitação unifamiliar localizado no cruzamento de duas ruas de um bairro habitacional construído nos finais da década de 50 do século passado, à época, na periferia das cidades do Porto e de Matosinhos, hoje integrado na área metropolitana.
O projeto consistiu na renovação de todas as infraestruturas e revestimentos que, maioritariamente, se encontravam em mau estado de conservação e na reorganização dos compartimentos do piso térreo, com a ampliação da cozinha e da sala.
apartamento rua de tanger
Arquitetura | architect: Paulo Seco ; Colaboração | colaboration: Filipe Lourenço ; Localização | location: Porto . Projeto | project: 2017 ; Construção | construction: 2018 | Construtor | general contractor: Construções Litosfera, Lda | Imagem | image: © ITS Ivo Tavares Studio
Projeto de remodelação integral de um apartamento duplex com cerca de 170m2, localizado no ultimo piso de um edifício construído nos finais dos anos sessenta.
Intervenção que se carateriza pelo aumento da sala de estar, através da incorporação das áreas do vestíbulo e de um quarto contíguo e pela criação de um grande armário que integrou o recuperador de calor já existente.
Renovação total dos revestimentos e de todas as infraestruturas de abastecimento de águas, de eletricidade e de aquecimento.
apartamento em antero de quental
Arquitectura | architect: Paulo Seco ; colaboração | colaboration: Filipe Lourenço ; Cliente | Client: Margarida Santos e Ricardo Arez; Localização | location: Porto . Projecto | project: 2017 ; Imagem | image: © ITS Ivo Tavares Studio
Projeto de remodelação integral e de transformação de um apartamento de tipologia T3, com 93m2, inserido num edifício construído nos finais da década de 50, num apartamento de dois quartos.
Intervenção com alterações significativas dos espaços existentes e de todos os revestimentos, com renovação integral de todas as infraestruturas de abastecimento de águas, de eletricidade e de drenagem de esgotos.
Criação de uma sala ampla com apoio de cozinha “aberta”, conseguida pela junção de um quarto, sala e cozinha existentes, de reduzidas dimensões.
Casa em Anselmo Braancamp
Arquitectura | architect: Paulo Seco ; colaboração | colaboration: Filipe Lourenço ; Localização | location: Porto . Projecto | project: 2015 ; Imagem | image: © ITS Ivo Tavares Studio
Projeto de reabilitação e ampliação de uma habitação num edifício de gaveto, situado num cruzamento da Rua de Anselmo Braancamp.
O edifício, com comércio no rés-do-chão e uma habitação no andar, foi construído em 1910, na mesma altura da abertura da rua, por ampliação de um pequeno edifício de um só piso, de utilização desconhecida.
Na última década, o edifício sofreu alguma degradação na sua cobertura, acelerada no piso superior por ter estado devoluto durante vários anos, tendo sido necessárias obras de reparação para proteger as lojas em funcionamento no rés-do-chão e de onde resultou a demolição integral do interior da habitação.
Com a encomenda do projeto, posteriormente solicitada, foram definidos o programa e a necessidade de aumento de área; daí resultou a ampliação de dois novos volumes, um no piso térreo, para garagem, outro no andar, sobre a construção já existente, para habitação. Estes dois volumes assumem uma expressão autónoma da linguagem do edifício existente, que se caracteriza pela sua maior simplicidade de formas, pela maior dimensão de um dos vãos, pela expressão do novo revestimento, pela cobertura plana e pelo desenho do guarda-corpos.
A diferença plástica entre a nova intervenção e a pré-existência, é entendida como uma condição de projeto, mas, mais do que afirmar essa diferença, pretende-se aglutinar os diferentes componentes, novos e antigos, sobrepondo planos recentes aos existentes, abrindo um vão novo numa parede existente, refazendo as proporções noutro vão, também existente.
No interior, que se encontrava completamente amplo, o programa foi organizado relacionando os compartimentos com os vãos existentes, procurando que os espaços principais tivessem bastante luz natural. Os espaços propostos distribuem-se ao longo de um corredor que atravessa toda a casa, junto à parede cega que confina com o edifício vizinho, ligando as duas entradas da habitação: uma pela rua, outra, de serviço, através do logradouro.
Interiormente, foi criado um grande elemento de composição formal, totalmente revestido com madeira de bétula, composto por estantes e armários que servem os corredores e os quartos e que remata os diferentes alinhamentos das fachadas; é um elemento estruturante de todo o espaço da habitação, que se prolonga desde a zona de chegada pelas escadas até à sala, revestindo e enquadrando as entradas para o lavabo de serviço e para a cozinha.
A reabilitação urbana tem vindo a recuperar e conseguindo devolver aos habitantes, grande parte do património que se encontrava degradado e devoluto desde os anos 80, época em que, em Portugal, se privilegiava a construção de raiz, muitas vezes e detrimento das construções existentes e da própria estrutura do tecido urbano.
Esta nova atitude, mais preocupada com os conjuntos urbanos existentes, enquanto território composto por muitos edifícios anónimos, muitas das vezes, individualmente, sem grande valor arquitetónico, mas que no conjunto mantêm o caráter das cidades, tem contribuindo para a sua dinamização e simultaneamente para a preservação da sua identidade; procurámos, com este projeto, participar nesse propósito.
Bar Academico F C
O Académico F. C. é um clube desportivo da cidade do Porto que, desde 1927, tem a sua sede no antigo Palacete do Lima, um edifício construído em meados do século XIX na Rua de Costa Cabral.
Este edifício de dois pisos mantém o essencial das suas características originais no piso principal, embora precise de profundos trabalhos de manutenção e restauro. No piso térreo onde, entre outros usos, existe o bar do clube há já algumas décadas, era visível o seu estado de degradação mais acentuado, provocado pelo uso intenso, pela falta de manutenção das infraestruturas e ainda pelo acelarado desgaste dos revestimentos entretanto aplicados, que tornou indispensável a remodelação do bar.
Os reduzidos meios financeiros do clube, insuficientes para um trabalho de reabilitação profundo, ditaram uma solução que pretendia ser pouco intrusiva, que não viesse a comprometer posteriores intervenções, mais estruturantes.
Como solução espacial e de organização do programa do bar, mudou-se o balcão e a área de serviços para um local mais reservado e manteve-se a sala principal que, juntamente com uma nova sala (onde se localizavam os serviços), garantiram uma privilegiada relação da área de mesas com o exterior e com a iluminação natural. Do ponto de vista construtivo, a solução limitou-se a propor a aplicação de um novo pavimento e de um sistema de painéis nas paredes que recobririam os vários e dissonantes revestimentos existentes – rebocos de várias texturas e cores, vários tipos de azulejo, lambris de madeira, capeamentos de pedra. Seriam novas camadas de revestimento, que se somariam aos existentes, adiando uma vez mais os necessários trabalhos de reabilitação em profundidade.
Com o decorrer das obras, fomos confrontados com a necessidade de remover uma parte do pavimento que estava desagregado e que não permitia, por isso, o assentamento do novo pavimento. A sua remoção deixou visivel um outro pavimento que se encontrava por baixo, um mosaico hidráulico em razoável estado de conservação, apesar de algumas lacunas pontuais e de duas áreas mais extensas, com cerca de um, dois metros quadrados, onde já não existiam mosaicos.
Procurou-se avaliar, junto de um fabricante deste tipo de mosaico, a possibilidade de produção de algumas peças para a substituição dos mosaicos degradados e para a colmatação das áreas sem mosaico. Verificou-se que a dimensão dos moldes destes mosaicos não era compatível com os existentes, sendo economicamente inviável a execução de novos moldes, para a produção da reduzida quantidade de mosaicos necessária.
A remoção do pavimento cerâmico que foi, há já alguns anos, aplicado sobre o pavimento mais antigo, revelou ainda outros dois revestimentos noutros compartimentos: um ladrilho de barro cozido com cerca de 30x30cm e 4cm de espessura, bastante irregular e desagregado, sem condições de ser mantido e um pavimento em xisto, com placas de dimensões consideráveis (algumas com 1,5m de largura), com a suas superfícies irregulares, assente diretamente sobre terra. Este pavimento será certamente o pavimento original, daquilo que poderá ter sido um espaço de serviço, de apoio a uma sala de refeições que se supõe ter existido neste piso, durante o seu uso enquanto habitação; como este pavimento também não reunia condições para ser mantido, foi removido e guardado para uma eventual posterior aplicação.
Analisadas as várias possibilidades que estas descobertas trouxeram, optou-se pela manutenção e tratamento integral do pavimento existente em mosaico hidráulico e pelo preenchimento das outras áreas, com uma argamassa cimentícia de pigmento amarelo.
As paredes foram parcialmente revestidas com painéis de fibras naturais de madeira, onde foram gravados desenhos representativos das diversas modalidades em que o Académico já foi vencedor a nível nacional. Estes painéis permitiram resolver a iluminação artificial através de uma linha de luz na sua parte superior, que ilumina uniformemente todo o espaço. Nos tectos, manteve-se o da sala principal, em estuque, que se encontrava em aceitável estado de conservação e refizeram-se os restantes, tendo-se deixado visivel numa das salas, o testemunho de um infeliz episódio do edifício – um incêncio que em 1982 deixou marcas na estrutura de madeira do tecto.
Os trabalhos de reabilitação ou remodelação em espaços e construções existentes, têm variantes que um projeto, dito “de raiz” não pode antever e que por isso não as contempla. São, por esse motivo, trabalhos que se tornam mais densos, mais substantivos, que transportam consigo uma história que se revela pelas sucessivas camadas que se vão dando a conhecer; estas camadas, no Palacete do Lima, não são só camadas de matéria, são também um testemunho das sucessivas transformações a que o edifício e o clube foram sujeitos.
Bar Académico Futebol Clube |
Arquitectura | architect: Paulo Seco ; colaboração | colaboration: Filipe Lourenço ; Gestão do projecto/AFC | project management/AFC: Gaspar Freitas ; Construtor | general contractor: Construções Litosfera, Lda ; Imagem | image: © ITS Ivo Tavares Studio
Obras de Recuperação e Manutenção do Edifício da antiga Cadeia da Relação do Porto – Centro Português de Fotografia
José Figueiredo e Paulo Seco | Colaboração: Ana Rita Neves, Filipe Lourenço | Imagens: © Centro Português de Fotografia | 2015
“O edifício onde se encontra instalado o Centro Português de Fotografia, também conhecido como “Cadeia da Relação” começou a ser construído em 1767, sob risco do arquitecto da Lisboa pombalina Eugénio dos Santos e Carvalho, sensivelmente no mesmo lugar onde, no início do séc. XVII, se haviam erguido as primeiras instalações para a Relação e Casa do Porto. O grandioso imóvel, cuja construção durou quase trinta anos, erguido entre o casario, paredes meias com o convento de S. Bento da Vitória e fronteiro à Porta do Olival, veio a alojar o Tribunal e a Cadeia da Relação. A área disponível da edificação, detentora de uma curiosa planta trapezoidal, foi repartida de forma quase equitativa entre Tribunal e Cadeia, sendo que as instalações do Tribunal foram alvo de cuidados acabamentos, ainda hoje visíveis em diversos pormenores construtivos.” (…)
“No espaço destinado à Cadeia os planos obedeceram às concepções punitivas que vigoravam ao tempo, sendo evidentes as preocupações com a segurança nas grossas paredes de granito, nas grades duplas do piso térreo, nas portas chapeadas a ferro, etc.” (…)
“O saguão principal, concebido com funções de iluminação e arejamento da área prisional, viria a tornar-se, em 1862, com a criação do “pátio dos presos”, numa zona vital para o quotidiano do estabelecimento. Com esse objectivo foi inutilizado um enorme tanque ali existente e foram transformadas as janelas das enxovias em portas de acesso. ” (…)
“O conceito de prisão penitenciária que se divulgou no séc. XIX entrou, desde logo, em conflito com esta velha prisão setecentista. Por soluções construtivas e infra-estruturas deficientes, aliadas à incapacidade financeira do Estado para fazer obras importantes de recuperação, o edifício foi-se arruinando progressivamente ao longo dos anos. Paralelamente, por impossibilidade arquitectónica, não veio a sofrer intervenções de fundo como aconteceu noutras cadeias europeias. Assim, não houve hipótese de criar celas, nem, tão pouco, alojamentos totalmente isolados para mulheres e menores, refeitórios, balneários, etc. Todas as adaptações realizadas, nomeadamente as que ocorreram já no séc. XX, sobretudo depois da saída do Tribunal para outro edifício em 1937, foram feitas em condições precaríssimas, com orçamentos mínimos, tendo sempre em mente a futura transferência para um novo estabelecimento prisional há muito projectado para o Porto.” (…)
“A partir de 1987, o edifício, cedido pela Direcção Geral do Património do Estado ao IPPC sofreu um conjunto de intervenções para suster o seu estado de degradação, que foi acompanhado por sondagens arqueológicas, datação de materiais, investigação histórica, etc. Em 1989 foi adjudicado o seu projecto de recuperação e remodelação ao Arq. Humberto Vieira e ao Gabinete de Organização e Projectos, Ldª. Em 2000 foi iniciada uma última intervenção de adequação às suas novas funcionalidades – o Centro Português de Fotografia -, cujo projecto se deveu aos Arqs. Eduardo Souto Moura e Humberto Vieira.”
texto de Maria José Moutinho Santos e Margarida Santos Coelho em http://www.cpf.pt/edificio.htm
da Memória Descritiva do Projeto
(…) “Como filosofia da intervenção a levar a cabo, tida para o conjunto das diferentes obras a realizar, o entendimento que se pretende sempre salvaguardar é o da preservação do edifício, mais do que um restauro, com o carácter de reposição do seu estado original, procurando evitar ações invasivas da sua integridade enquanto edifício classificado com vida e história próprias.
Aplica-se este princípio, no que, genericamente, respeita aos tratamentos a efetuar na reparação, tanto de rebocos como de estuques interiores, seja em paredes ou em tetos, ou ainda de paredes exteriores, quando as patologias encontradas não sejam devidas a problemas sérios de infiltração de humidades ou de reconhecidas deformações estruturais.
De igual modo, no tratamento geral das cantarias das fachadas, propõe-se como princípio a realização apenas de trabalhos de limpeza, acompanhados com operações de colmatação de juntas e de fissuras abertas, que minimizem ou que eliminem as patologias decorrentes das infiltrações de águas das chuvas, sempre indesejáveis, sem pretensão de reparar danos naturais das superfícies e texturas das mesmas, causados pela passagem do tempo e agravados pela ação dos agentes atmosféricos e, em particular, pela poluição.
Não se prevê assim que, designadamente nas cantarias que delimitam o enquadramento dos diferentes vãos encerrados por gradeamentos metálicos, que apresentam danos de comportamento dos elementos em pedra por ação do tempo ou mesmo até pelas incompatibilidades resultantes da intrusão nas pedras dos espigões metálicos dos próprios gradeamentos, sejam efetuadas reparações que envolvam a substituição de elementos danificados, antes se optando por eventuais reforços pontuais da sua consistência e estabilidade ou pela reparação dos já existentes.
Incluem-se, por acréscimo, obras subjacentes à melhoria das condições de funcionalidade do edifício e de reposição de algumas situações resultantes de intervenções pontuais, menos convenientes, entretanto ocorridas, que contraditam e adulteraram princípios definidos pelos projetos de intervenção anteriores.” (…)
José Manuel Figueiredo e Paulo Seco
Portugal Meeting Point – Concreta 2013
Concreta 2013 | Portugal Meeting Point ; Projeto | project: Paulo Seco ; colaboradores | colaboration: Filipe Lourenço, Ana Rita Neves ; Imagem |image: © Ivo Tavares ; agradecimento | acknowledgment: Ivo Tavares e Grupo Preceram
Em simultâneo com a Concreta – Feira Internacional da Construção para uma Regeneração Urbana Sustentável, decorreu na Exponor, em Outubro de 2013, o Portugal Meeting Point, uma iniciativa que contou com o apoio de um conjunto alargado de empresas portuguesas, que se associaram a este projeto e que funcionou como uma plataforma para a internacionalização do sector da Construção.
Esta iniciativa, contou com um espaço de 5000m2 projetado pelo atelier Impare Arquitectura, e agregou um conjunto de valências que potenciaram o encontro entre as empresas presentes na Concreta e os visitantes internacionais, convidados para esta feira.
O Portugal Meeting Point disponibilizou um grande lounge para encontros e reuniões, um auditório onde se realizaram várias conferências promovidas pelas empresas aderentes e um espaço de divulgação de publicações nas áreas de arquitectura, design e construção.
Estiveram também patentes três exposições de elevado interesse para o sector:
– a exposição do Prémio Nacional de Arquitectura em Madeira – edição 2013, organizado pela AIMMP-Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal, AO-Ordem dos Arquitetos e CPCI-Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário.
– uma exposição de trabalhos dos alunos finalistas do Mestrado em Design de Interiores da ESAD – Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos
– e a exposição do Prémio SECIL-20 anos, uma retrospetiva dos projetos de Arquitectura e Engenharia vencedores deste importante galardão nacional.
Foi ainda promovida uma iniciativa de apoio social, dirigida à Associação “Sorriso da Rita”, uma instituição que tem como objetivo colmatar as falhas de ajudas técnicas essenciais à reabilitação da criança com paralisia cerebral; a iniciativa materializou-se numa Instalação com cerca de 2000 tijolos que foram simbolicamente comprados pelos visitantes e cujo contributo reverteu para a referida associação.
Requalificação da Quinta de Baixo – Águas do Porto E M
concurso |competition | Reabilitação da Quinta de Baixo – Águas do Porto E M | Rehabilitation of Quinta de Baixo – Águas do Porto E M
Arquitectura | architect: Paulo Seco | Colaboradores | colaboration: Filipe Lourenço | Projectos de especialidades | engineering: Tiago Ilharco [Estruturas | structural engineer]; António Lessa [projeto de hidráulica | hydraulic project ]; Ana Catarina Antunes [paisagismo |landscaping]; Filipe Trindade [instalações mecânicas | mechanical equipment]; Bruno Silva [Instalações Eletricas | electrical engineer]; Sónia Gomes [acústica | acoustic ] ; Imagem |image: © Impare Arquitectura ; 2014
É proposta a manutenção da volumetria da edificação existente e a autonomia formal de cada um dos corpos definidos pelos telhados de duas águas; esses corpos serão ligados por um novo volume, de acessos verticais, de desenho compacto e plasticamente independente. Para a entrada de luz natural no sótão, que acolherá áreas de trabalho, é também proposta a abertura de três novas mansardas na cobertura.
O acesso principal ao edifício é feito a partir de uma das duas entradas do logradouro (portão à cota mais elevada e porta adjacente ao edifício, à cota intermédia) das quais se acede à plataforma ajardinada e daí, através de uma galeria balançada sobre a plataforma da Cave, à entrada na fachada Sudeste; esta galeria proporcionará também sombreamento para a esplanada e para os vãos da sala multiusos e da cafetaria.
As circulações verticais dentro do edifício, serão feitas através de um núcleo central composto por uma caixa de escadas e um elevador, racionalizando os acessos e respondendo às exigências de mobilidade, possibilitando o acesso a todos os espaços, a pessoas com mobilidade reduzida.
Todos os espaços de trabalho são amplos, uniformemente iluminados com luz natural e foram gerados pela adaptação das novas funções, conciliando os valores patrimoniais com as atuais exigências de conforto.
Genericamente, a solução apresentada não altera a volumetria nem a implantação do edifício existente, pelo que se considera que as relações com o espaço envolvente se mantêm, havendo no entanto, a necessidade de qualificar os espaços existentes.
Manter-se-ão assim as relações visuais privilegiadas, sobranceiras ao rio Douro, naturalmente qualificadas com a revitalização do jardim e da mata da Quinta de Baixo.
bridge | ponte rio vouga
ponte rio vouga | bridge ; proposta | proposal ; | projeto | project: paulo seco ; Imagem |image: © impare arquitectura 2014 ; legenda | subtitle: 1529, 26 de Fevereiro | “vedor e recebedor da obra da pomte que ora mamdo fazer no rio Vouga e sull” | 2011, 12 Novembro | paulo seco 2014
A Acesso Cultura, uma associação que promove o acesso físico, intelectual e social à cultura, realizou em Julho, no Centro Português de Fotografia, um debate com o tema Arquitectura: questões de limitação e libertação, onde foram abordadas questões relacionadas com a acessibilidade aos edifícios, procurando contribuir para o esclarecimento dos temas ligados à inclusão,
A pretexto deste debate, foi apresentado um projeto que pretendeu mostrar uma evidente barreira física na ligação entre dois pontos – a impossibilidade de travessia de um rio através de uma ponte que ruiu – e a sua solução, com uma intervenção que propõe a ligação das duas margens através de uma plataforma que une as duas partes, separadas, da ponte.
O projeto pretende levantar algumas questões, que se podem extrapolar para temas mais abrangentes, mais genéricos e por isso, mais abstratos, aludindo assim para a premência da discussão das questões relacionadas com a acessibilidade, de manifesta importância para uma melhoria das condições do acesso físico, social e intelectual.
No referido debate participaram ainda, com a moderação de Cândida Colaço Monteiro, a arquiteta Lia Ferreira, Provedora Municipal do Cidadão com Deficiência e a Dra. Maria João Vasconcelos, Diretora do Museu Nacional Soares dos Reis.
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Acesso Cultura, an organization that promotes the physical, intellectual and social access to culture, conducted in the Centro Português de Fotografia (Photography Portuguese Center), a discussion with the subject “Architecture: issues of limitation and liberation” helping to the clarification of issues related to inclusion.
In this atmosphere, was presented a project that showed an obvious physical barrier on the link between two points – the impossibility of crossing a river through a collapsed bridge – and its solution: the connection of the two sides of river through a platform to link the two separated parts of the bridge.
The project intends to raise some questions, which can be extrapolated to broader topics, more generic and therefore more abstract, thus alluding to the urgency of the discussion of the issues of accessibility, important for improving the conditions of the physical, social and intellectual access.
This event, moderated by Candida Colaço Monteiro, was also attended by Lia Ferreira, architect/municipal provider citizens with disabilities, and Maria João Vasconcelos, director of the Museu Nacional de Soares dos Reis (National Museum)
Colégio Mira Rio, Lisboa
Concurso |competition | Colégio Mira Rio, Lisboa
Arquitectura | architect: Paulo Seco ; consultor para o projeto de arquitectura | architecture’s advisor: José Gigante ; consultor para o projeto de fundações e estruturas | engineering advisor: Prof. Aníbal Costa ; colaboradores | colaboration: Filipe Lourenço, Ana Rita Neves, João Garcia ; Projectos de especialidades | engineering: João Miranda Guedes, Bruno Quelhas da Silva, Tiago Ilharco, Valter Lopes [Estruturas | structural engineer]; Rossana Pereira [acondicionamento acústico | acoustic]; Cristina Marques, Sofia Pacheco [paisagismo |landscaping] ; Concurso | competition : 2012 ; Imagem |image: © Impare Arquitectura
Concurso Público para o Projecto de Reabilitação das Estufas Tropicais do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra
2º PRÉMIO
concurso |competition | Reabilitação das Estufas Tropicais do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra | Rehabilitation of Tropical Botanical Greenhouses of the Garden, University of Coimbra
Arquitectura | architect: Paulo Seco | Colaboradores | colaboration: Filipe Lourenço | Projectos de especialidades | engineering: João Miranda Guedes [Estruturas | structural engineer];Vasco Freitas [projeto de térmica e hidráulica |thermal project and hydraulic]; cristina marques [paisagismo |landscaping];carlos guimarães [instalações mecânicas | mechanical equipment]; Raul Serafim [Instalações Eletricas | electrical engineer]; Rui Marques [design de comunicação | communication design] Imagem |image: © Impare Arquitectura